Furacão Danielle avança pelo Atlântico mas não ameaça Portugal

O primeiro furacão do ano no Atlântico Norte está a 3000 quilómetros da costa portuguesa, mas não apresenta qualquer ameaça para terra. É a primeira vez em 25 anos que a primeira tempestade é nomeada tão tarde: a 2 de Setembro.

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O furacão Danielle encaminha-se agora para o continente europeu União Europeia/ Satélite Sentinel-3 do Copernicus

Danielle, é este o nome do primeiro furacão da época no Atlântico Norte, que agora ruma em direcção à Europa. Mas não há, para já, motivos de preocupação. O enfraquecimento de Danielle ao longo da última madrugada determina que não apresenta qualquer perigo para nenhum país, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos.

O furacão está a 3000 quilómetros da costa portuguesa e deverá chegar ao continente europeu já como uma depressão tropical. Este é o patamar mais baixo dos ciclones tropicais, abaixo de uma tempestade tropical ou de um furacão.

Este domingo, o Sentinel-3, um dos satélites da missão europeia Copernicus, captou Danielle – eram 14h04. Mas este furacão não é especial por ser apenas o primeiro. É a primeira vez neste século que o primeiro furacão é nomeado apenas a 2 de Setembro, o que significa que é também o primeiro mês de Agosto em 25 anos sem tempestades nomeadas pelo Centro Nacional de Furacões norte-americano.

No ano passado, houve 21 tempestades nomeadas, após um recorde de 30 em 2020. Aliás, durante os últimos dois anos, os meteorologistas esgotaram a lista de nomes utilizados ​para identificar tempestades durante a temporada de furacões no Atlântico, algo que só tinha acontecido em 2005.

A maior frequência e intensidade destes fenómenos está relacionada com as alterações climáticas. Ao longo das últimas quatro décadas, os furacões tornaram-se mais fortes e também mais húmidos (causando chuvas mais intensas) devido à acumulação de mais vapor de água na atmosfera.

O Centro Nacional Oceânico e Atmosférico (NOAA, na sigla em inglês) prevê uma temporada de furacões novamente acima da média: entre 14 a 20 tempestades, das quais entre seis e dez podem tornar-se em furacões com ventos de 119 quilómetros por hora.