Palavras que honram o Estado e o país
O crime de Wiriamu, aprovado por um Estado repressivo e organizado pelas facções mais extremistas do regime salazarista, é uma ferida aberta na memória colectiva
Em 2008, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, visitou Moçambique e, questionado sobre Wiriamu, tergiversou, limitando-se a dizer que “a História é feita pelos homens todos os dias, com os seus defeitos e virtudes”, para depois esclarecer que “o que fizemos foi sempre olhar para o futuro”. Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, esteve em Moçambique e, sem ser necessária qualquer interpelação, aproveitou um jantar oficial com as autoridades locais para se “curvar perante a memória das vítimas do massacre de Wiriamu”, considerando-o “um acto indesculpável que desonra a nossa História”.
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