A obsolescência não programada
A palavra “obsolescência” tem os seus pergaminhos e vamos certamente ouvir falar dela em diferentes contextos. Para já, talvez possamos começar a aplicá-la à evolução das democracias liberais.
Assusta pensar nestes números, recentemente divulgados, da evolução demográfica em Portugal: em 1990, havia 66 idosos por cada 100 jovens; actualmente, o rácio é de 182 por 100. O conhecimento da realidade através das estatísticas é demasiado abstracto: sabemos o que significa, experimentamos os seus efeitos quando permanecemos alguns anos em certos contextos (por exemplo, nas escolas), mas na nossa vida quotidiana a “anomalia” dessa nova configuração do ambiente populacional passa despercebida, tal como o camponês não vê a natureza como paisagem porque está completamente imerso nela.
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