L., o louco de estimação do monte, tem a cabeça cheia de mulheres e homens mais ou menos santos e nada sabe da guerra. António é o santo que L. mais vezes invoca, nome em destaque no longo e hermético linguajar com que embala os dias. Por vezes também pergunta, após pedir um cigarro: «És a Nossa Senhora? És a Nossa Senhora?» Nos dias piores perguntará: «És uma bruxa? És uma bruxa?» E regressa, sem esperar resposta, ao abismo da sua pauta descosida.
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