Com Hrabal e Hašek, Karel Čapek (1890-1938) é um dos grandes escritores (e humoristas) checos do século XX. É também, como Wells, Zamiatine e tantos outros autores seus contemporâneos, um cultor de um subgénero narrativo então em pujante afirmação, a ‘ficção-científica’, em particular aquela de feição distópica. Tornou-se, aliás, impraticável falar de Čapek sem referir a sua responsabilidade na cunhagem (a meias com o irmão, o ilustrador Josef, numa peça teatral de 1920 intitulada R.U.R.) de um vocábulo que teria um grande futuro: a palavra “robô”. A sua obra continua, porém, limitada, em português, a dois títulos, pela primeira vez publicados por cá há mais de 60 anos e recentemente reeditados em novas e (mais) fiáveis traduções. É o caso de A Guerra das Salamandras. E também de A Fábrica do Absoluto.
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