Facebook tenta chegar a acordo para fechar processo Cambridge Analytica
O caso Cambridge Analytica remonta a 2018 quando foi revelado que a consultora britânica estava a usar dados dos utilizadores do Facebook para orquestrar campanhas políticas em todo o mundo.
A Meta, dona do Facebook, está a tentar chegar a um acordo para pôr fim a um longo processo judicial nos EUA devido ao escândalo de privacidade Cambridge Analytica. Segundo um acordo preliminar, apresentado na passada sexta-feira no tribunal federal de São Francisco, Mark Zuckerberg pediu ao juiz norte-americano para suspender a acção colectiva durante 60 dias até que os advogados dos queixosos e do Facebook finalizassem um documento por escrito para pôr fim à acção colectiva.
Não se conhecem os detalhes do pacto. Se as discussões forem bem-sucedidas, o presidente executivo da Meta, Mark Zuckerberg, e a antiga chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, evitam depor novamente em tribunal. Os executivos tinham até 20 de Setembro para se apresentarem para a fase final de recolha de provas antes do julgamento sobre a Cambridge Analytica.
O caso remonta a 2018 quando foi revelado que aquela consultora britânica estava a usar dados dos utilizadores do Facebook, sem autorização, para orquestrar campanhas políticas em todo o mundo. A informação terá sido usada para criar anúncios políticos para a campanha do referendo ao “Brexit” e para campanha eleitoral de Donald Trump, em 2016.
A acção colectiva contra o Facebook, submetida por utilizadores da rede social, defendia que a plataforma era responsável pela falha de privacidade porque não protegia os dados privados no site. Os queixosos alegam que o Facebook é uma rede social e, simultaneamente, “uma empresa de vigilância.”
O caso Cambridge Analytica já custou milhões de euros à Meta. Em 2019, a empresa concordou em pagar cinco mil milhões de dólares (4485 milhões de euros) à Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla inglesa) para terminar investigações abertas às várias falhas de privacidade encontradas na rede social.
Meses mais tardes, a tecnológica também concordou em pagar meio milhão de libras (cerca de 578 mil euros) à agência britânica de protecção de dados – conhecida pela sigla ICO.