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Desmontar e meter a casa às costas. Para o ano há mais EDP Vilar de Mouros

A edição deste ano do festival terminou no sábado, mas muitos ainda lá estavam no domingo ao início da tarde na habitual desmontagem do acampamento.

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A edição deste ano do pai de todos os festivais portugueses acabou no sábado, mas, no domingo ao início da tarde, eram muitos os que ainda estavam em Vilar de Mouros. Após três dias de música e convívio, para quem lá ficou acampado, o final do festival é definido a partir de um momento muito específico: quando o acampamento é desmontado.

Há sempre aquele saco que parece ter encolhido e já não tem o mesmo espaço para caberem exactamente as mesmas coisas que lá vieram ou vai com uma asa rebentada, a tenda que já não volta para casa com as peças todas ou o saco-cama que já não vai dobrado da mesma maneira.

Mas há os mais meticulosos. O saco das espias vai exactamente com o mesmo número de peças, a tenda dobra-se com o auxílio de uma escova que vai limpando algum pó e vegetação colada e a roupa vai dobrada pelo mesmo vinco que tinha antes de sair da mala.

Porém, para quase todos o resultado é o mesmo: com a ajuda das mãos dos braços, ombros, pés – às vezes até dos dentes – chegou a hora de meter a casa às costas, olhar para trás mais uma vez e dizer adeus e prometer que no próximo ano se regressa. O ano de 2022 deixará em muitos recordações para o futuro. Esta edição foi encerrada por Iggy Pop e Bauhaus. O cartaz da próxima começa agora a ser desenhado. ABV