Premier League: reviravolta do City e um 9-0 histórico do Liverpool
Campeão inglês esteve a perder por 0-2 e deu a volta ao texto, com hat-trick de Haaland. “Reds” esmagaram o Bournemouth, com a maior vitória de sempre no campeonato.
O Crystal Palace tem levantado muitos problemas ao Manchester City nos últimos anos e o jogo deste sábado não foi excepção. Na 4.ª jornada da Premier League, o campeão inglês esteve a perder por 0-2 e deu a volta ao resultado (4-2), numa missão bem mais difícil do que a do Liverpool, que cilindrou o Bournemouth por 9-0 e fez história.
No Estádio Ettihad, foram duas bolas paradas a lançarem o Palace para nova surpresa. Aos 4’, John Stones fez um autogolo na sequência de uma bola parada, e a fórmula repetiu-se aos 21’, na sequência de um canto, com Joachim Andersen a cabecear com propriedade para o 0-2.
Foi este o resultado com que se atingiu o intervalo e Pep Guardiola redefiniu o plano para o segundo tempo. Manteve os intérpretes, mas pediu mais largura e mais gente por dentro, com Bernardo Silva a cair insistentemente sobre o corredor direito. E seria o português, numa diagonal interior e com um desvio num defesa, a reduzir a desvantagem (1-2).
Foi aos 53’. Aos 62’, o empate, numa jogada que começou à direita, passou pelos pés de Foden à esquerda e terminou na cabeça de Haaland. O norueguês festejou efusivamente, para repetir a façanha aos 70’, após um canto que contou com duas intervenções decisivas de Bernardo e um desvio fácil do avançado ao segundo poste.
Cinco golos em cinco jogos para Haaland com a camisola do City. Mas as contas ainda não estavam fechadas, porque aos 80’ Gundogan descobriu o norueguês entre os centrais e o avançado, possante, recebeu com calma, dominou e rematou na cara do guarda-redes, para o primeiro hat-trick em Inglaterra.
"Bis” de Luis Díaz
O City eleva para 10 os pontos somados, mais cinco do que o Liverpool, que só à quarta tentativa chegou à primeira vitória. E que vitória foi... O 9-0 imposto ao Bournemouth constitui a maior vitória de sempre dos “reds” na Premier League, que até agora tinha uma diferença de seis golos (um 7-1 e vários 6-0) como melhor marca.
Em Anfield, os adeptos começaram a ser alimentados logo aos 3’, com um golo de Luis Díaz. Seria o mote para uma primeira parte esmagadora, que sentenciou o jogo e deixou o adversário a jogar em modo de sobrevivência: Elliot fez o 2-0 aos 6’, Alexander Arnold o 3-0 aos 28’, Firmino o 4-0 aos 31’ e Van Dijk o 5-0 aos 45’.
Jurgen Klopp aproveitou o contexto para lançar Fábio Carvalho logo ao intervalo e o ritmo de rolo compressor continuou. Mepham fez um autogolo aos 46’, Firmino bisou aos 62’, Fábio Carvalho também fez o gosto ao pé aos 81’, antes de Luis Díaz bisar, aos 85’.
Uma taxa de eficácia impressionante, com nove golos em 19 remates, num jogo praticamente de sentido único. Um resultado atípico, mas que prova (se dúvidas houvesse) o verdadeiro potencial do ataque dos “reds”, que ganham um bálsamo de motivação acrescido.