Putin assina decreto para aumentar número de militares

A Rússia terá perdido, entre mortos e feridos, 45 mil militares na Ucrânia, segundo a agência de espionagem dos EUA.

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Vladimir Putin tem resistido a declarar uma mobilização geral de combatentes para a Ucrânia EPA/MIKHAIL KLIMENTYEV / KREMLIN POOL / SPUTNIK

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto para aumentar o número das Forças Armadas russas de 1,9 para 2,04 milhões de efectivos, segundo a agência de notícias RIA.

A ordem inclui um aumento de 137 mil no número de forças de combate, diz o diário britânico The Guardian, numa acção que foi vista como mais um sinal de que se está a preparar para uma guerra de duração considerável na Ucrânia.

A Rússia perdeu, nestes seis meses de guerra, um grande número de militares e equipamento. As autoridades não divulgam dados oficiais da operação militar especial, como consideram a invasão. A CIA estima que possam ter morrido 15 mil soldados russos e somando aos feridos, que o número de baixas tenha chegado aos 45 mil.

A última vez que Moscovo tinha aumentado o pessoal da Forças Armadas foi em 2017, com 13698 militares e 5357 não combatentes.

O Presidente russo tem resistido a declarar uma mobilização geral de combatentes para a Ucrânia.

Citado pelo Guardian, Pavel Luzin, especialista em questões militares da Rússia, disse que iria ser difícil para a Rússia conseguir aumentar o número de soldados. “Este decreto é contrário à realidade objectiva no terreno”.

A guerra na Ucrânia entrou numa fase de poucos desenvolvimentos em termos de conquistas de tropas, com ambos os lados entrincheirados no terreno e em termos diplomáticos ambos esperam um avanço para estar em melhor posição para depois negociar.

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