Câmara de Lisboa lança campanha de sensibilização para desastres naturais

Será disponibilizada aos cidadãos uma aplicação móvel da AGEO - Plataforma Atlântica para a Gestão do Risco Geológico, na qual o cidadão pode alertar para situações de perigo, inclusive fissuras em edifícios

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Os cidadãos poderão reportar situações de risco que se localizem nas imediações da zona onde reside Daniel Rocha/Arquivo

A esta campanha de sensibilização associou-se a Delta Cafés e nos próximos seis meses, na região de Lisboa, os pacotes de açúcar que acompanham os cafés desta marca vão ter 10 mensagens diferentes que sensibilizam os consumidores para inundações, sismos, tsunamis, deslizamentos de vertentes e riscos geotécnicos.

Nos pacotes de açúcar vão ser também incluídos Códigos QR que permitem descarregar a aplicação AGEO e obter informação acerca do modo como podem ser reportados riscos e enviados alertas.

“Usando esta aplicação, o cidadão poderá reportar situações de risco que se localizem nas imediações da zona onde reside, estuda ou trabalha, permitindo às autoridades municipais um melhor acompanhamento e monitorização das várias situações que ocorrem na cidade”, refere a autarquia.

Esta campanha enquadra-se no Projecto AGEO – Plataforma Atlântica para a gestão do risco geológico e foi desenvolvida pela Equipa de Projecto ReSist, integrada no pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa.

“A Equipa ReSist tem a missão de monitorizar e implementar o Programa ReSist, o programa municipal de promoção da resiliência sísmica do parque edificado privado e municipal e infra-estruturas urbanas municipais. Este programa define um conjunto de 47 acções que visam a promoção da resiliência sísmica da Cidade de Lisboa, e traduz o compromisso da CML com a implementação do Objectivo 11 da ONU, focado em tornar as comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, é escrito numa nota do município.

O Projecto AGEO consiste no desenvolvimento de um Observatório de Cidadãos, visando a capacitação das populações para a identificação de situações de risco, permitindo-as ter um papel activo na optimização da resposta face a possíveis catástrofes.

Dentro deste programa, a CML prevê também desenvolver uma “metodologia de avaliação da vulnerabilidade sísmica” de “edifícios singulares”, fazer a georreferenciação de infra-estruturas, avaliar a rede de saneamento e criar uma estratégia de comunicação e um programa de sensibilização direccionado para as pessoas.

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