Sobreviver a Xinjiang para gritar bem alto: “Sempre que a China me ataca, sinto-me poderosa”

Gulbahar Haitiwaji conta ao PÚBLICO como os três anos que passou em campos de detenção de uigures mudaram a sua vida e a motivaram a dar voz à “dor” a toda uma comunidade perseguida. Jornalista francesa que a ajudou a escrever Sobrevivi ao Gulag Chinês enaltece resistência: “Tentou manter-se sempre humana.”

Foto
Gulbahar Haitiwaji, autora do livro: Sobrevivi ao Gulag Chinês (Objectiva) Emmanuelle Marchadour

“É proibido falar uigure. É proibido rezar. É proibido discutir. É proibido fazer greve de fome. Se uma pessoa precisar de tratamento médico, não o pode recusar. É proibido não respeitar as ordens que são dadas. É proibido desenhar nas paredes. É proibido não respeitar as ordens de higiene.” As regras de funcionamento do centro de detenção localizado algures na região de Karamay, na província de Xinjiang, no Noroeste da República Popular da China, estão redigidas num cartaz rectangular afixado na parede “cinzenta e fria” da cela 202, em frente às camas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 22 comentários