Incêndio na Caparica e Trafaria dominado. Oito voos desviados para Porto e Faro

Abertura de acesso a praia de São João em Almada é reavaliada no domingo de manhã. Há quatro fogos activos em Portugal continental.

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Imagens do incêndio junto à praia de São João da Caparica DR
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O incêndio que deflagrou no sábado numa zona florestal junto à praia de São João, na Costa da Caparica, concelho de Almada, foi dado como dominado às 00h49. Pelas 8h45, mantinham-se no terreno 57 operacionais, apoiados por 18 veículos, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).

Fonte da NAV, a entidade pública responsável pela gestão do espaço aéreo, diz ao PÚBLICO que, entre as 19h e as 20h, o número de aterragens no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi diminuído, mas a situação ficou normalizada depois dessa hora. No total, foram desviados quatro voos para o Porto e quatro para Faro.

Devido ao fogo e à mobilização dos meios de combate, durante a tarde de sábado, os militares da Guarda estavam a indicar às pessoas que saíam da praia de São João da Caparica para não utilizarem um dos acessos. “O que estamos a aconselhar é para não utilizarem um dos acessos, por causa dos meios dos bombeiros, e usarem antes um outro acesso para saírem da praia”, disse fonte do Comando Territorial de Setúbal da GNR. Segundo a fonte policial, o fogo lavrava “numa zona de pinheiros”, onde “não há casas”.

A abertura do acesso ao parque de estacionamento da praia de São João, na Costa da Caparica, em Almada, cortado devido ao incêndio, vai ser reavaliada no domingo de manhã, disse hoje à Lusa fonte autárquica. De acordo com fonte oficial da Câmara Municipal de Almada, o acesso ao parque está encerrado e assim vai permanecer para rescaldo, sendo a situação reavaliada no domingo de manhã. Enquanto o acesso estiver encerrado, as pessoas poderão aceder à praia de São João, a pé, pelas praias vizinhas (Santo António e Cova do Vapor).

Também na noite deste sábado, mais de 85 operacionais, 30 veículos combateram um incêndio rural em Cachoeiras, Vila Franca de Xira, tendo um carro dos bombeiros sido atingido pelo fogo, mas não houve feridos, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa. O incêndio começou por volta das 16h30.

Durante a tarde, uma aeronave esteve a apoiar o combate às chamas. Trata-se de um “helicóptero de ataque inicial”, acrescentou fonte do CDOS de Lisboa. Trata-se de um “incêndio rural” na localidade de Cachoeiras, freguesia de Vila Franca de Xira e as “operações de combate estão a decorrer favoravelmente”, disse.

Sobre as condições no terreno, fonte do CDOS adiantou que “há registos de vento com intensidade no local que fez com que o incêndio atingisse um veículo dos bombeiros”, garantindo que não há feridos. Esta “é uma zona mais agrícola”, pelo que “neste momento não há habitações em risco”, concluiu.

Há quatro fogos activos em Portugal

Pelas 09ho0 havia quatro incêndios activos em Portugal, combatidos por 232 operacionais e 67 veículos. Mas no terreno continuavam, no total, quase mil operacionais, em operações de rescaldo e controlo.

Protecção Civil nacional emite aviso à população

Face às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para um agravamento do risco de incêndio rural, o Governo determinou a declaração da situação de alerta no continente, que vai vigorar entre as 00h do dia 21 de Agosto e as 23h59 do dia 23 de Agosto.

Também a Protecção Civil nacional emitiu este sábado um aviso à população com medidas preventivas, como a proibição de queimadas e uso de fogo-de-artifício, devido ao perigo de incêndio rural por causa do tempo quente e seco.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, os índices de risco de incêndio mantêm-se entre muito elevado e máximo nas regiões Norte, Centro, Vale do Tejo, Baixo Alentejo e Algarve.

A lista de medidas preventivas inclui ainda a proibição de circulação e permanência em espaços e caminhos florestais e da realização de trabalhos com máquinas (com excepção de trabalhos de construção civil, desde que inadiáveis e sejam adoptadas medidas de mitigação de risco de incêndio, trabalhos de colheita de culturas agrícolas e trabalhos florestais matinais de corte e transporte, desde que comunicados à entidade competente).

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