Sílvio Almeida: “Para lidar com o racismo, a gente vai ter de reorganizar o sentido da vida e da morte”
Sílvio Almeida é uma das vozes mais respeitadas quando se fala do racismo no Brasil. Advogado, filósofo, professor, mostra-se contra o discurso da meritocracia afirmando que ele perpetua a segregação. E pede responsabilidade e não celebração a quem tem a missão de pensar o futuro do Brasil. Que futuro? Um futuro que terá de passar necessariamente pelo tratamento da questão racial e desmontar a ideia de que o racismo e a ignorância andam colados.
Sílvio Almeida, 46 anos, diz-se o resultado de um acaso, de uma excepção. É para ele que muita gente aponta como exemplo, serve de argumento para uma sociedade se afirmar não racista. Sílvio Almeida é também um dos principais teóricos sobre o racismo no Brasil que lamenta o discurso em defesa da meritocracia “Ele perpetua a segregação”, diz nesta conversa com o PÚBLICO, na qual refere a sua história como uma espécie de síntese do que é viver num corpo negro no Brasil e carregar uma circunstância que o levou ao lugar onde está e onde não estão muitos negros brasileiros: o lugar da excepção.
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