A fábrica de traumas sexuais
A des-razão do nosso tempo engendra monstros e traumas.
Por volta de 1985, uma revista francesa (L’Express?, Le Nouvel Observateur? Não consigo lembrar-me) publicou uma reportagem assinada por um jornalista francês que se infiltrou nos ambientes gay frequentados por membros da Igreja Católica, muitos deles a residir no Vaticano. Havia nessa reportagem a descrição do que se passava em bares e discotecas que garantiam a estes frequentadores o sigilo que eles exigiam; indicava-se, com pormenores, a existência de moradias da Igreja que tinham sido clandestinamente convertidas em instalações para encontros sexuais; localizavam-se locais onde os padres iam em busca dos ragazzi di vita; nomeava-se o número de um autocarro que, na sua última viagem nocturna, já depois da meia-noite, atravessando Roma e com a sua última paragem no Vaticano, era posto ao serviço do engate ambulante.
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