EMA recomenda uso intradérmico de vacina contra a varíola-dos-macacos

Até agora, a vacina estava apenas autorizada para ser dada com uma injecção subcutânea.

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Em Portugal, já foram registados 810 casos da varíola-dos-macacos DAVID TALUKDAR/GETTY IMAGES

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) recomendou o uso intradérmico da vacina Imvanex, que está a ser usada contra a varíola-dos-macacos, anunciou a instituição na tarde desta sexta-feira tarde em comunicado. Como com uma injecção intradérmica se usa uma dose da inoculação mais baixa, isso deverá possibilitar que mais pessoas possam ser vacinadas.

Até agora, a vacina estava apenas autorizada para ser dada com uma injecção subcutânea, em que é dada por baixo da pele, numa camada mais profunda do que a intradérmicas e imediatamente acima do músculo. Agora, após a análise de dados de ensaios com cerca de 500 adultos, em que se compararam injecções subcutâneas e as intradérmicas (estas dadas numa camada mais superficial, logo por baixo da camada superior da pele), recomenda-se o uso também da injecção intradérmica.

Nos ensaios, eram dadas duas doses das vacinas com um intervalo de quatro semanas uma da outra. Os indivíduos que receberam a vacina de forma intradérmica recebiam um quinto da dose usada na forma subcutânea, mas os níveis de anticorpos produzidos eram semelhantes. “Quando é dada de forma intradérmica, uma dose mais baixa da vacina pode ser usada. Dada a oferta limitada da vacina, isto significa que mais pessoas poderão ser vacinadas”, nota-se no comunicado.

Mesmo assim, acautela-se que há um maior risco de reacções locais, como descoloração da pele ou uma vermelhidão mais duradoura, após as injecções intradérmicas.

O número de contágios pelo vírus da varíola-dos-macacos em todo o mundo aumentou 20% na última semana, em que foram contabilizados 7500 novos casos, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Portugal, já foram registados 810 casos.

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