Ucrânia quer “criar caos” dentro das forças russas, diz conselheiro de Zelensky

Em entrevista ao The Guardian, Mykhailo Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente Volodymyr Zelensky, avança que poderão existir mais ataques semelhantes aos que aconteceram esta terça-feira na Crimeia nos “próximos dois ou três meses”.

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Explosão numa base militar russa na Crimeia, na semana passada REUTERS

A Ucrânia diz estar a empreender uma contra-ofensiva destinada a criar “caos dentro das forças russas”, atacando as linhas de abastecimento dos russos em territórios ocupados. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Mykhailo Podolyak, um dos principais conselheiros do Presidente Volodymyr Zelensky​, avança que poderão existir mais ataques semelhantes aos que aconteceram esta terça-feira na Crimeia nos “próximos dois ou três meses”.

Uma semana depois das violentas explosões na base aérea de Saki, na Crimeia, vários alvos militares na península, incluindo um depósito de munições, foram atingidos por explosões e terão sido destruídos nesta terça-feira. A Rússia começou por desvalorizar o sucedido como resultado de um incêndio, mas denunciou, entretanto, uma “sabotagem”; a Ucrânia não reivindicou claramente os ataques, mas Mykailo Podolyak descreveu o ataque como exemplo da “desmilitarização em acção”.

“Um lembrete: a Crimeia de um país normal tem o mar Negro, montanhas, entretenimento e turismo, mas a Crimeia ocupada pelos russos tem explosões em armazéns e alto risco de morte para invasores e ladrões”, escreveu Podolyak no Twitter.

Os ataques fizeram com que centenas de turistas russos fugissem da Crimeia em pânico, formando filas de carros junto à estação ferroviária da capital regional, Simferopol. Na entrevista ao jornal britânico, Podolyak afirmou que a estratégia de Kiev é “é destruir a logística, as linhas de abastecimento e os depósitos de munições e outros objectos de infra-estrutura militar”. “É criar o caos dentro das forças deles”, disse.

O conselheiro sinalizou ainda que a Ucrânia considera a ponte da Crimeia, que liga a península ocupada ao continente russo, como um alvo militar legítimo. “É uma construção ilegal e a principal porta de entrada para abastecer o exército russo na Crimeia”, avançou, sublinhando que esta ponte “deve ser destruída”.

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