Benfica saiu da Polónia com a Champions ao virar da esquina

Com golos de Gilberto e Gonçalo Ramos, os “encarnados” derrotaram o Dínamo Kiev, em Lodz, na primeira mão do play-off.

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David Neres esteve em destaque no primeiro tempo

Em jogo está o primeiro grande objectivo da época para o Benfica e, em caso de insucesso, o que resta da temporada ficará comprometido a nível desportivo e financeiro. No entanto, o quinto jogo oficial dos “encarnados” em 2022-23 terminou em nova prova de força. Contra um Dínamo Kiev que vinha mostrando fiabilidade, as “águias” apresentaram-se com o “plano A” de Roger Schmidt e saíram da Polónia com o apuramento para a Champions ao virar da esquina. Em Lodz, na primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões, Gilberto e Gonçalo Ramos fizeram os golos do importante triunfo benfiquista, por 0-2.

Após dois jogos em que a ausência de David Neres forçou Schmidt a alterar o “onze”, o regresso do extremo deu a possibilidade ao técnico alemão de colocar em campo a equipa-tipo do Benfica neste arranque de época. Sem surpresas, Schmidt não prescindiu da dupla que dá segurança e qualidade ao meio-campo (Florentino e Enzo), entregando a João Mário, Neres, Rafa e Ramos a responsabilidade de atacar a baliza ucraniana.

Com muita qualidade na equipa inicial - nove internacionais pela Ucrânia e um pela Polónia -, o Dínamo não tinha uma das suas referências na zona central – Sydorchuk estava castigado –, mas o consagrado Mircea Lucescu não abdicou da estratégia habitual: com o desenho táctico a oscilar entre o 4x2x3x1 e o 4x4x2, os ucranianos apostavam em dar a bola ao Benfica, para contra-atacarem com velocidade pelas alas.

Sem problemas em assumir o comando, o Benfica criou a primeira oportunidade aos 3’ (Ramos rematou às redes laterais), mas, na primeira vez que conseguiu libertar-se da pressão alta benfiquista, Biesedin rematou para boa defesa de Vlachodimos - o ucraniano estava adiantado em relação à defesa “encarnada”.

Ao aviso do adversário, o Benfica respondeu no minuto seguinte com um golo. Aos 9’, após uma excelente circulação de bola, uma combinação entre Ramos e João Mário, terminou com uma assistência para Gilberto, que colocou a bola junto ao ângulo esquerdo da baliza de Buschan.

O segundo golo nesta época do lateral inverteu a tendência do jogo e o Dínamo passou a ter a iniciativa, mas, embora a bola passasse a circular mais vezes perto da área benfiquista, foi a equipa portuguesa que voltou a estar perto do golo: aos 24’, João Mário rematou em arco ligeiramente ao lado.

Quase sempre pela direita, onde Tsygankov causava problemas a Grimaldo, o Dínamo esteve perto do empate aos 34’ - o extremo fez uma diagonal e rematou com o pé esquerdo com muito perigo -, mas, tal como tinha acontecido no início, o Benfica respondeu ao perigo com um golo.

Protagonista no ataque por bons motivos, Tsygankov fez um mau atraso para a entrada da sua área, Neres interceptou e a bola sobrou para Ramos, que acrescentou mais uns milhares de euros à sua cotação: com um remate de primeira, o avançado fez o quinto golo em cinco jogos.

Com a eliminatória bem encaminhada, o Benfica surgiu na segunda parte mais expectante. Sabendo que a arma do rival são as transições rápidas, Schmidt recuou a equipa, forçando o Dínamo a atacar de forma organizada. Com isso, o jogo perdeu qualidade e, em cima dos 60’, surgiu uma dupla alteração habitual: entraram Henrique Araújo e Yaremchuk para os lugares de Ramos (não se treinou na véspera) e Neres (vem de lesão).

Embora com pouco critério, o Dínamo ainda voltou a dar trabalho a Vlachodimos, aos 68’ e 82’, mas a equipa de Lucescu nunca mostrou grande capacidade para inverter o resultado e ameaçar o registo 100% vitorioso de Roger Schmidt, que deixa ao Benfica muito perto de, pelo segundo ano consecutivo, entrar na Liga dos Campeões após superar duas eliminatórias.

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