Uma questão de moral
Com a sua quarta longa, premiada em Cannes 2021 — uma explosão catártica à volta da cumplicidade e da moralidade — o israelita Nadav Lapid confirma ser um dos cineastas mais apaixonantes a trabalhar hoje em dia.
O título do novo filme do israelita Nadav Lapid não tem necessariamente nada a ver com o que se passa nele (é explicado nos primeiros dez minutos e depois é descartado), é um piscar de olho a Eric Rohmer e ao seu Joelho de Claire mas também uma metáfora do que está realmente em jogo. Tudo se passa num remoto lugarejo israelita de 3000 habitantes, rodeado de deserto por tudo quanto é lado, referenciando o isolamento de um país em que, como se diz às tantas, “em última instância tudo se resume à geografia, e nem sempre no bom sentido”.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.