Mais de 580 pessoas morreram e milhares ficaram desalojadas, em sequência das chuvas torrenciais e cheias que assolam o Paquistão.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, cerca de um milhão de pessoas foram directamente afectadas pelas intempéries: em apenas três semanas, o Paquistão registou um excesso de 60% face aos níveis normais de chuvas para esta época do ano.
Em certas províncias – como o Baluchistão – contam-se já centenas de mortes. A autoridade que gere os desastres nacionais sublinha que nesta província, a maior e mais pobre do país, a média anual de chuva já foi ultrapassada em 305%.
Mais de 570 escolas foram destruídas, noticia o Guardian, dando ainda conta de um aumento no número de casos de cólera. “Estamos a fazer o nosso melhor para fornecer socorro e reabilitação para as vítimas das cheias”, prometeu o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, que tem promovido visitas às áreas mais afectadas.
Cientistas e especialistas em alterações climáticas salientam o carácter inédito deste fenómeno. A destruição de colheitas e mortes dos animais de gado obrigaram milhares de pessoas a abandonar as suas casas.
Várias estradas ficaram destruídas ou danificadas pelas cheias e deslizamentos de terra, dificultando o acesso dos serviços de emergência às vítimas.