Nora bateu com a porta… mas quase não se ouve o eco
A encenação de João de Brito fica muito aquém da densidade psicológica, política e social do monumento dramatúrgico que é Uma Casa de Bonecas.
Uma mulher que abandona o marido e os filhos para ir até ao mundo tentar descobrir quem é, seja em 1879 ou ontem à tarde, e por muitas e boas que sejam as suas razões, tem garantidamente à perna o julgamento familiar e social. Para o pensamento comum, apesar de nos últimos 140 anos ter sido grande a evolução e a afirmação do feminismo, é coisa que não se faz. Mas Nora fez. Bateu com a porta. E muitas portas bateram depois.
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