Incêndio na serra da Estrela volta a ter “comportamento violento” e mobiliza mais de mil operacionais
A reactivação teve origem em “três ignições em simultâneo” no Vale da Amoreira, em Manteigas, projectando o fogo em direcção aos municípios da Covilhã e da Guarda. Fogo mobiliza, esta manhã, mais de mil operacionais e 330 viaturas.
O incêndio na serra da Estrela está, esta manhã, a ser combatido por mais de mil operacionais, apoiados por mais de três centenas de viaturas, segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC).
O incêndio, cujo primeiro alerta foi dado na madrugada do dia 6 e que reactivou esta segunda-feira, atinge os municípios de Manteigas, Covilhã e da Guarda. Por volta das 7h30, as chamas estavam a ser combatidas por 1061 operacionais, apoiados por 330 viaturas.
O último ponto da situação, realizado na noite de segunda-feira, indicava que as chamas estavam a lavrar com uma “intensidade elevada”, registando um “comportamento violento”. “É um incêndio com um comportamento violento, em muitas áreas com uma intensidade elevada”, afirmou André Fernandes, comandante nacional de Protecção Civil, numa conferência de imprensa na sede nacional da ANEPC, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa).
Durante a noite de segunda-feira, os meios de socorro fizeram “o confinamento ou a evacuação das diferentes aldeias que se encontram na linha de fogo”.
Segundo o comandante, a reactivação que se verificou do incêndio na serra da Estrela teve origem em “três ignições em simultâneo no Vale da Amoreira”, em Manteigas, distrito da Guarda, “com expansão para os concelhos da Covilhã [distrito de Castelo Branco] e da Guarda”.
Apesar de nos concelhos da serra da Estrela terem ocorrido outros incêndios rurais esta semana, este incêndio, que deflagrou na madrugada do dia 6 (sábado) na Covilhã, destacou-se pela sua dimensão, uma vez que só foi dominado uma semana depois, na noite de sexta-feira, dia 12.
Além de atingir o concelho da Covilhã, chegou a Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, no vizinho distrito da Guarda, queimando um total superior a 14 mil hectares, segundo dados provisórios. Em causa está uma área de parque natural classificada.