Canina, de Andreia C. Faria: a flor vulnerada da carne
Os poemas de Andreia C. Faria fazem do evidente o menos esperado, e do já visto uma possibilidade de surpresa e instigação.
A referência a António Osório — convocado para a epígrafe inicial — deve deixar o leitor atento, mas não ao ponto de pensar em qualquer identificação de processos ou mesmo de interesses ou tendências. O universo animal, tão importante em Osório, volta a ser determinante em Andreia C. Faria; no entanto, a perspectiva parece diferente. Se no poeta de A Raiz Afectuosa, a presença do animal se enquadrava num panorama global tendente para a união, a harmonia, em Andreia C. Faria o animal tem um papel quase diametralmente oposto.
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