Luís Gomes resistiu na fuga para vencer na Volta
Entre os candidatos ao triunfo na Volta não se passou nada de relevante – apenas André Cardoso perdeu algum tempo na luta pelo top 5 –, mantendo Frederico Figueiredo de amarelo.
Luís Gomes (Kelly) venceu nesta sexta-feira a etapa 7 da Volta a Portugal. O ciclista português fez parte da fuga do dia, que chegou a ter 15 ciclistas, e teve melhor sprint do que Gonçalo Leaça (LA Alumínios) e Txomin Arrieta (Euskatel), para ser o mais forte na chegada a Braga, num grupo já bastante reduzido.
Entre os candidatos ao triunfo na Volta nada de relevante se passou – apenas André Cardoso perdeu algum tempo na luta pelo top 5 – e o pelotão rolou de forma relativamente tranquila até à meta. Frederico Figueiredo mantém, portanto, a camisola amarela, com sete segundos de vantagem para o colega de equipa Mauricio Moreira.
Esta etapa começou por ter uma fuga de 15 ciclistas, entre os quais os “reis” do sprint: João Matias e Scott McGill. E apenas cinco equipas não tinham representação na frente da corrida, nomeadamente a Glassdrive, sem necessidade de se desgastar neste dia.
A fuga chegou a parecer condenada e controlada à distância pelo pelotão, mas a diferença cresceu para mais de quatro minutos.
Antes da subida ao Sameiro, a única dificuldade do dia, a fuga tinha menos de três minutos de vantagem, diferença reduzida, entretanto, pelo “comboio” Rafael Reis, que se prestou a esse trabalho solitário na cabeça do pelotão.
Ainda que o sempre selectivo Sameiro prometesse permitir que o pelotão se aproximasse, os cerca de dois minutos e meio eram, em tese, uma vantagem confortável o suficiente para a vitória sair da fuga.
Os velocistas presentes na frente já não faziam parte da “conversa” e ficou um grupo reduzido a seis – e seria, por certo, um desses corredores o vencedor do dia.
Os mais fortes pareciam ser Joaquim Silva e Luís Gomes, mas os dois portugueses não tiveram predicados suficientes para se manterem isolados na descida final para Braga, com cerca de dez quilómetros.
O grupo final voltou a ser de meia dúzia, mas, no sprint final, vingou a velocidade de Luís Gomes, à frente de Leaça e Arrieta.
Para este sábado está desenhada uma etapa traiçoeira, já que não tem subidas muito duras, mas também não é plana. Entre Viana do Castelo e Fafe o pelotão ultrapassará quatro contagens de montanha, ainda que todas suaves, um perfil que deixará a corrida em aberto – pode haver fuga, sprint em pelotão compacto ou até mesmo um ataque tardio ou um final em grupo reduzido.