Sempé (1932-2022): o homem que criou o Menino Nicolau sempre quis desenhar pessoas felizes
Ilustrador francês morreu na noite passada aos 89 anos. Deixa uma obra imensa – inteligente, irónica, subtil, terna – que há 70 anos faz (e continuará a fazer) leitores felizes.
Perguntas sem limites, respostas sem filtros e a dose certa de ironia na voz de um rapaz ainda pequeno que desafia permanentemente o mundo dos adultos e aquilo que eles tomam por certo, fazendo-os reviver a infância como um espaço de liberdade em que (quase) tudo é possível. Da escola não é adepto fervoroso, trabalhos de casa nem vê-los, brincadeiras com meninas “não, obrigado”, idas ao médico só arrastado, e castigos, rejeita-os eternamente por considerar que são injustos, mesmo quando mente ou anda à tareia. Na realidade, para ele tudo seria bem melhor se todos reconhecessem que é invencível e se comportassem como figuras de um livro de aventuras, de preferência com índios e cowboys à mistura.
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