Em Locarno, Sokurov faz arte, e os melhores filmes fazem género
Primeiras impressões do 75.º ano do festival suíço, transportadas pelo mestre russo mas também por Patricia Mazuy, Carlos Conceição e Ming Woo Jin.
Não haverá muitos sítios nos quais se possa dizer que um pavilhão polidesportivo improvisado para quase 3000 espectadores encha para ver um filme de Aleksandr Sokurov. E, contudo, o algodão não engana, como diz a velha frase: numa tarde de fim-de-semana, largas centenas de espectadores enchiam o Palexpo de Locarno para ver Fairytale, o novo filme do autor da Arca Russa, de Alexandra, e de Fausto, e de longe o mais apetecível para muitos cinéfilos, dos títulos a concurso na 75.ª edição do Festival de Cinema de Locarno. Tanto mais que Sokurov não dava notícias desde Francofonia, faz agora sete anos, e que Fairytale deveria ter visto a luz do dia em Cannes, antes de a guerra na Ucrânia ter vindo baralhar as cartas.
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