Filmar uma Madrugada Suja de Miguel Sousa Tavares é retratar a política de corrupção
Futura série da RTP terminou a rodagem no sábado em Lisboa. Rafael Morais, Gonçalo Waddington e Victoria Guerra são alguns dos rostos que se tornam arquétipos de portugueses tocados de diferentes formas pela corrupção. “É impossível não reconhecer o padrão.”
Em 2013, quando lançou Madrugada Suja, Miguel Sousa Tavares dizia ao PÚBLICO que “o grande tema do livro são os acasos da vida”. E ia mais longe: “Não há neste livro nenhum personagem nem nenhuma cena grandiosa. Não há um herói como havia o Luís Bernardo no Equador”, bestseller do autor que tal como agora acontece com Madrugada Suja, foi adaptado para televisão. No penúltimo dia de rodagem da futura série da RTP, filma-se uma cena em que os acasos e as linhas cruzadas eclodem num pequeno gabinete no centro de Lisboa. Gonçalo Waddington está sentado na pele de um político e o jovem arquitecto activista Rafael Morais tem a impaciência nos passos que repete à porta antes de o confrontar. “Rola! Som!”
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