Assunção Cristas, Francisco Assis e Marques Mendes no regresso da Universidade de Verão do PSD
Depois de dois anos de interrupção pandémica, uma centena de jovens social-democratas na casa dos 20 anos voltam a Castelo de Vide para uma acção de formação política. Este ano, haverá uma atenção especial à Rússia e à China.
A antiga líder centrista Assunção Cristas, o antigo presidente social-democrata Marques Mendes, e o socialista Francisco Assis são alguns dos oradores da 18.ª Universidade de Verão do PSD, que regressa após dois anos de interrupção devido à pandemia.
Em declarações à agência Lusa, o director da Universidade de Verão, Carlos Coelho, antecipou o programa da edição deste ano, que vai decorrer entre 29 de Agosto e 4 de Setembro, em Castelo de Vide, uma iniciativa com quase 20 anos de história e cujo encerramento será feito, como é tradição, pelo presidente do PSD, na estreia de Luís Montenegro na iniciativa.
“É uma semana intensiva, com aulas, com jantares-conferência com personalidades do PSD, mas também com personalidades independentes e de outros partidos, neste caso do PS e do CDS, que ajudam a preparar uma nova geração que nós queremos mais qualificada para fazer uma acção política e cívica mais informada”, detalhou, contando a sessão de abertura formal com as intervenções de, entre outros, do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, e do chefe da delegação do PSD no Parlamento Europeu, José Manuel Fernandes.
Entre os convidados desta edição, que retoma depois de dois anos de interrupção devido à pandemia de covid-19, o social-democrata destacou as “cinco personalidades respeitadas que vão abrilhantar os jantares-conferência”, a começar pela antiga líder do CDS-PP Assunção Cristas, a oradora de dia 30 de Agosto.
“Depois, o segundo jantar conferência com uma figura do PSD que já foi líder do partido e um comentador de excelência, Luís Marques Mendes, que dispensa apresentações, e na quinta-feira [1 de Setembro] temos um jantar-conferência com Francisco Assis, actualmente o presidente do Conselho Económico e Social e uma figura de referência do Partido Socialista”, acrescentou.
No dia 2 de Setembro será o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a falar aos alunos neste jantar e no sábado é a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza, que fecha o elenco dos oradores para este espaço de debate.
Para domingo, dia 4, está previsto o encerramento, que para além do aguardado discurso de Luís Montenegro, contará com as intervenções precisamente de Carlos Coelho e do presidente da JSD, Alexandre Poço.
Como “professores” ao longo desta semana estarão em Castelo de Vide nomes como o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o ex-ministro Miguel Poiares Maduro, as vice-presidentes do PSD Margarida Balseiro Lopes e Inês Palma Ramalho, o ex-secretário de Estado José Eduardo Martins, a antiga secretária de Estado e directora do Escritório de Genebra do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), Mónica Ferro, o economista Luís Filipe Reis, a professora universitária Raquel Vaz Pinto ou o comentador político Sebastião Bugalho.
Serão 100 jovens que durante essa semana terão “Assunção Cristas, Francisco Assis e Marques Mendes no regresso da Universidade de Verão do PSD com aulas sobre economia, ciência política, saúde, comunicação ou relações internacionais, esta última com especial atenção este ano “à Rússia e à China porque são os dois maiores problemas que o mundo encara”, explicou Carlos Coelho, que destacou ainda o maior número de workshops na edição deste ano.
Sobre a escolha dos oradores, o responsável referiu que, tratando-se de um espaço de formação, é “importante ter opiniões diferentes porque é na diversidade de opiniões que se pode preparar melhor a capacidade de crítica, inteligência e participação responsável dos jovens que estão a ser formados”.
“São sempre escolhas em função deste perfil, da capacidade de falar, dos temas que escolhemos e da respeitabilidade das pessoas. Nunca fizemos convites de que nos tivéssemos que envergonhar”, garantiu.
Segundo o director da Universidade de Verão, este ano receberam um elevado número de candidaturas, quase três centenas, e por isso fizeram “uma selecção por força do tipo de candidaturas e das motivações”, devendo o grupo final ser o “mais jovem desde sempre porque há muitos candidatos na ordem dos 20 anos”.
“Isso deixa-nos com muita esperança relativamente ao futuro porque numa altura em que há a sensação de que grande parte da juventude está mais alheada da política de intervenção cívica, ver tantos jovens a querer participar é um bom sinal”, defendeu.