Taxa extra tem “fundamento”, mas pode “descapitalizar” bancos

A possibilidade de uma nova taxa sobre os lucros da banca não é consensual entre economistas. De um lado, há avisos quanto aos riscos de descapitalização do sector, numa altura em que este devia reforçar os rácios de capital. Do outro, defende-se a justiça fiscal e compensação por políticas públicas.

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A Caixa Geral de Depósitos reportou os maiores lucros semestrais, de 485,7 milhões de euros. Fabio Augusto

Numa altura em que a banca portuguesa mantém uma rota de crescimento acelerado, ganha força a discussão em torno da possível aplicação de um novo imposto sobre o sector. A medida, já anunciada em Espanha, serviria para financiar apoios às famílias e empresas afectadas pelo aumento acentuado da inflação, mas, por cá, os economistas dividem-se quanto à sua utilidade: se há quem veja razões que justificam a implementação de uma taxa desta natureza, como o facto de parte do aumento dos lucros da banca poder ser explicada por políticas públicas, outros apontam para os riscos de descapitalização do sector, num momento em que este deveria reforçar os rácios de capital para fazer face ao previsível aumento do incumprimento no crédito.

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