Sete décadas de histórias coleccionadas atrás das bancas do Mercado de Matosinhos

Inaugurado em 1952, o edifício já passou por várias intervenções de renovação, mas sempre sem deixar de ser um mercado tradicional de frescos. Parte da sua história é feita por quem está atrás das bancas

Foto
Maria de Lurdes Sousa esteve presente na inauguração do Mercado de Matosinhos, onde trabalha há 70 anos ADRIANO MIRANDA/PUBLICO

Maria de Lurdes, de 77 anos, lembra-se como se fosse hoje do primeiro dia em que entrou no Mercado Municipal de Matosinhos. Estava na segunda classe e já trabalhava parcialmente, sempre que não estava sentada no banco da escola, na “barraca de fressuras” da avó, montada no antigo mercado da cidade. O calendário estava parado no dia 27 de Maio de 1952 e assinalava o primeiro dia de uma rotina que repetiria nas sete décadas seguintes. Nessa data, inaugurava-se o edifício desenhado pela ARS- Arquitectos Reunidos, já preparado para receber as muitas dezenas de bancas de frescos que lá seriam montadas. Uma delas estava destinada a ser a sua base de trabalho e de sustento durante toda a existência desta infra-estrutura.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.