Inflação na OCDE atinge 10,3% em Junho e regista máximo de 34 anos
Inflação homóloga na OCDE sobe para 10,3% em Junho, um máximo desde 1988.
A inflação homóloga na OCDE subiu para 10,3% em Junho, um máximo desde 1988, devido sobretudo à subida dos preços da alimentação e da energia na maioria dos países, afirmou a organização nesta quarta-feira. A taxa de Junho compara com os 9,7% em Maio.
Num comunicado hoje divulgado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) adianta que num terço dos países da OCDE a inflação homóloga aumentou dois dígitos, com a Turquia a liderar com um acréscimo de 78,6%, ao contrário do Japão, onde subiu apenas 2,4%.
Os preços dos alimentos aumentaram 13,3% em Junho, contra 12,6% em Maio, um máximo desde Julho de 1975.
A energia aumentou 40,7% em Junho deste ano face ao mesmo mês de 2021, contra 35,4% em Maio.
Excluindo alimentos e energia, a inflação homóloga subiu 6,7%, mais três décimas de ponto percentual do que em Maio.
Os aumentos de preços foram de 7,9% nos países do G7, mais quatro décimas de ponto percentual do que em Maio, com a energia a ser o principal acelerador em França, Alemanha, Itália e Japão.
Nestes países, a inflação subjacente, excluindo os preços dos alimentos e da energia, foi de 4,7% em Junho.
O índice harmonizado na zona euro foi de 8,6%, mais cinco décimas do que em Maio, disse a OCDE, que recordou que o Eurostat estima que o aumento homólogo será de 8,9% em Julho.
Nos países do G20, o aumento dos preços foi de 9,2% em Junho, mais três décimas do que em Maio, com aumentos acentuados em todas as economias emergentes excepto a Índia.