Marcelo condecora Corpo Nacional de Escutas com a Ordem da Instrução Pública

Durante a visita ao campamento anual dos escuteiros, o Presidente da Repúblia entregou a distinção afirmando que “o CNE é uma escola de valores, de liberdade, de democracia, de patriotismo, de universalismo e de espírito cristão”.

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Marcelo entregou a condecoração a Ivo Faria, chefe do CNE LUSA/MIGUEL PEREIRA DA SILVA

O Presidente da República condecorou na segunda-feira o Corpo Nacional de Escutas (CNE) com a Ordem da Instrução Pública, “de serviço ao país e formação de construtores do futuro de Portugal. Fê-lo durante a visita, a pé, o 24.º acampamento nacional de escuteiros (ACANAC), que está a decorrer em Monte Trigo, no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, onde foi recebido por cerca de 18.500 escuteiros.

“Como os 100 anos começaram no dia 27 de Maio e terminam a 27 de Maio do ano que vem, eu não vou esperar por 27 de Maio do ano que vem. Eu hoje vou condecorar com a Ordem da Instrução Pública, de serviço ao país e formação de construtores do futuro em Portugal, o CNE”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. Nesse sentido, chamou o chefe nacional do CNE, Ivo Faria, para lhe entregar a condecoração à frente dos escuteiros presentes. “Não o podia fazer em frente de 100, 200 500 ou mil. Tinha que ser aqui convosco para agradecer aquilo que Portugal vos deve”, salientou.

Marcelo fez aquilo que outros dois Presidentes da República, Mário Soares e Jorge Sampaio fizeram ao CNE, condecorando-o com a Ordem de Mérito (1992 do século passado) e a Ordem do Infante D. Henrique (1997), respectivamente.

Na sua intervenção, o Presidente da República lembrou que o escutismo, católico e não católico, sobreviveu à ditadura, afirmou-se depois da revolução e cresceu em democracia. “É uma escola de valores. E, o CNE é uma escola de valores, de liberdade, de democracia, de patriotismo, de universalismo e de espírito cristão, aqui especificamente”. O Presidente da República salientou ainda o serviço à comunidade que o escutismo presta e que, no fundo, representa “o ideal escutista”.

O ACANAC decorre apenas de cinco em cinco anos e é organizado pelo CNE, em parceria da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. O evento reúne escuteiros de todas as regiões de Portugal e de vários países para, durante uma semana, partilharem experiências, aprendizagens e avtividades na comunidade. Para além de escuteiros nacionais, vão estar presentes escuteiros de 24 outras nacionalidades, entre os quais 50 ucranianos.

"Desta vez fizeram uma preparação igual à de há cinco anos, mas mais sofisticada. O município foi impecável. Toda a organização está mais sofisticada e a presença de estrangeiros é muito importante. Tudo em geral mostra que se aprendeu com a experiência, apesar dos anos de pandemia”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.