Em Julho, todas as bacias hidrográficas registaram uma descida da água armazenada

No último dia do mês que acaba de findar, apenas cinco das 60 albufeiras monitorizadas apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total.

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Bacia hidrográfica do Barlavento algarvio, que está numa situação muito precária em termos de volume de água armazenada Miguel Manso

No último dia de Julho, e comparativamente ao último dia do mês anterior, verificou-se uma descida no volume de água armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas do país, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

Apenas cinco das 60 albufeiras monitorizadas apresentavam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total. Por outro lado, 26 albufeiras apresentavam disponibilidades inferiores a 40% do volume total.

A quantidade de água voltou a descer em Julho nas bacias do Barlavento algarvio, com 11,4%, e do Lima, com 17,4%. Desta forma, estas mantêm-se como as bacias hidrográficas que têm o menor volume armazenado, o que sucede desde o final do ano passado. Só a bacia do Ave superava, no fim de Julho, a média de armazenamento no período de referência (1990/91 a 2020/21).

No último dia de Julho, estavam com pouco volume de água as bacias do Cávado (36,4%), Mira (37,2%) e Sado (41,1%). Já as bacias do Mondego (77,8%), Guadiana (66,3%) e Ave (59,2%) eram as que tinham os níveis mais elevados. A Bacia do Tejo estava a 51,9% da sua capacidade. A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

No fim de Junho, mais de um quarto de Portugal continental estava em seca extrema (28,4%). O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%). De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica. Dentro da seca meteorológica, há quatro classes: fraca, moderada, severa e extrema.