Mais de 1000 operacionais combatem chamas em Mafra e Ourém
Em Mafra, um incêndio de grandes dimensões levou à evacuação de um lar. O fumo chegava a Lisboa ao início da noite de domingo. Em Ourém, mais de 500 operacionais combatem outro fogo noite dentro.
Dois incêndios de grandes dimensões centravam neste domingo as atenções dos bombeiros. Em Mafra, distrito de Lisboa, as chamas deflagraram pelas 15h na zona de Venda do Pinheiro e da Malveira e, já depois das 22h, continuavam a mobilizar 454 operacionais apoiados por 133 veículos. Seis aeronaves auxiliaram durante o dia um combate às chamas muito dificultado pelo vento forte.
O incêndio levou durante a tarde à evacuação de um lar de idosos onde estavam cerca de 30 pessoas, disse ao PÚBLICO a oficial de operações da Protecção Civil. Houve também registo de um bombeiro ferido.
Hugo Santos, comandante operacional distrital de Lisboa, adiantou pelas 22h30 que o fogo se encontrava com duas frentes activas, mas que as operações de combate começavam a decorrer favoravelmente.
Já em Ourém, no distrito de Santarém, mais de 500 operacionais combatiam o incêndio que teve início às 15h25 em Casal do Ribeiro.
Durante a tarde, o fogo originou cortes de energia, obrigou à retirada de pessoas de uma praia fluvial e esteve próximo de habitações, com os bombeiros a realizarem defesas de perímetro.
Num ponto de situação às 22h, a Protecção Civil identificava outra ocorrência importante no distrito de Lisboa, na zona de Alenquer. No combate ao fogo que começou pelas 15h40 na União de Freguesias de Abrigada e Cabanas de Torres estavam 110 bombeiros, apoiados por 35 veículos.
No Norte, outros dois incêndios que geraram grande preocupação em Gimonde (Bragança) e em Paços de Ferreira foram considerados controlados desde as 19h30.
Quatro distritos vão estar em alerta especial vermelho de incêndios na terça-feira, quando se esperam temperaturas extremamente elevadas e outras condições propícias à propagação de chamas. O Governo anunciou este domingo que irá reforçar acções de patrulhamento e fiscalização em Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu com recurso à GNR e às Forças Armadas.