Spider Webb (1944-2022), o tatuador que lutou para fazer do seu ofício uma arte
Soube desde cedo que queria seguir o seu próprio caminho, vendo nas tatuagens uma forma de expressão artística e de libertação que o distanciavam do comum mortal. É considerado como o tatuador que mais lutou durante o século XX para que o seu trabalho fosse reconhecido como arte.
Para Spider Webb, uma tatuagem não era uma simples mancha de tinta no corpo. Era uma forma de expressão artística, cujo significado ia além do desenho em si: muitas vezes era até o acto performativo que mais lhe interessava, como quando inscreveu a letra X em 999 pessoas e um X de maiores dimensões, formado por 1000 mais pequenos, na perna da milésima pessoa. “Esta é a maior tatuagem alguma vez feita na história”, viria a orgulhar-se. Ou quando pediu a dez pessoas que escolhessem um sítio do corpo para tatuar as horas exactas que o seu relógio marcava. Nascido Joseph O’Sullivan, o tatuador morreu no dia 2 de Julho, aos 78 anos, na sua casa em Nova Iorque, de doença pulmonar obstrutiva crónica.
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