Cabaz de produtos essenciais ficou 18 euros mais caro desde o início do ano

A liderar a lista de produtos que mais encareceram estão a farinha, o óleo alimentar e o frango.

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As oscilações dos preços reflectem-se no cabaz alimentar Nuno Ferreira Santos

O preço do cabaz de produtos essenciais já aumentou 9,37% desde Janeiro. Este cabaz, elaborado pela Deco Proteste e que contempla 63 produtos essenciais (como leite, queijo, manteiga, um pacote de arroz, de farinha, de massa ou de açúcar), custava, no início do ano, 187,70 euros. Esta semana, quem comprar exactamente a mesma lista de produtos pode esperar mais 17,59 euros na conta do supermercado.

Entre as seis categorias de produtos que compõem este cabaz, baseado na estrutura de consumo das famílias portuguesas, o peixe é a categoria onde se assinala o maior crescimento desde o início do conflito armado na Ucrânia. A 23 de Fevereiro, uma ida ao supermercado para comprar peixe (bacalhau graúdo, dourada, salmão ou pescada fresca, por exemplo), representava 60 euros no orçamento familiar. O mesmo conjunto de produtos está, agora, 17% mais caro.

Indo a exemplos: no dia 23 de Fevereiro, o valor médio de um quilo de pescada fresca rondava os seis euros. Desde então, este produto já aumentou 3,40 euros – um aumento de 56%. Entre os dez produtos que mais encareceram desde o final de Fevereiro, três são peixes: a já referida pescada fresca (56%), o salmão (39%) e a dourada (20%).

Quando o ponto de comparação é o arranque do ano, a lista de produtos que passaram a pesar mais no bolso dos portugueses muda ligeiramente. A liderar o ranking dos produtos que mais encareceram está a farinha para bolos (50% mais cara). O valor médio do quilo de farinha, a 5 de Janeiro, era 1,21 euros; meio ano depois custa 1,80 euros. Seguem-se o óleo alimentar 100% vegetal (subida de 42% face a Janeiro), o frango inteiro (42%), o já mencionado salmão (32%) e o bife de peru (27%).

A comparação com o arranque do ano permite perceber o efeito que a inflação teve no preço de alguns produtos alimentares. Mas, todas as semanas, o preço médio de cada um destes 63 produtos flutua. Por exemplo, face à última semana, o produto que mais aumentou foi a curgete, que ficou mais cara 16 cêntimos por quilo (mais 10% face a 20 de Julho). Segue-se a pescada fresca (mais 0,74 euros, uma subida de 9% face à semana anterior). A fechar o pódio dos produtos que mais aumentaram numa semana está a cebola, que ficou mais cara 8%.

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