O escândalo de anti-semitismo que ensombrou a Documenta
A presença de dois elementos num mural de um colectivo indonésio, obra que acabou retirada, ofuscou a exposição em Kassel marcada pela ideia de colaboração e espírito colectivo. E levou a pedidos para que seja revisto o financiamento a artistas que apoiem o boicote a Israel.
A pergunta do jornalista do semanário Die Zeit ao colectivo Taring Padi, da Indonésia, espelhava a incredulidade geral da opinião pública na Alemanha: porque é que entre mais de cem figuras no gigante tríptico escolhido para um lugar de destaque na Documenta de Kassel, a exposição criada na Alemanha no pós-guerra que mapeia as tendências da arte de cinco em cinco anos, estavam duas caricaturas anti-semitas – uma representação de um judeu ortodoxo com dentes de vampiro e olhos vermelhos e SS escrito no chapéu, e um soldado que parece ter um nariz de porco com um capacete a dizer “Mossad” e um lenço com a estrela de David?
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