Exame de Matemática A foi “equilibrado” e com grau de dificuldade “idêntico” ao da primeira fase, dizem professores

Associação de Professores de Matemática saúda “questões de resposta algo simples” no início da prova da segunda fase. Sociedade Portuguesa de Matemática nota que “o facto de esta prova só ser aplicada a alguns alunos, não permite tirar conclusões acerca do desempenho da totalidade dos alunos do 12.º ano”.

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Exame nacional de Matemática da segunda fase decorreu esta segunda-feira Nelson Garrido

Um exame “equilibrado” e em linha com o da primeira fase. No dia em que decorreu a o exame nacional de Matemática A da segunda fase, a Associação de Professores de Matemática (APM) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) concordam na apreciação da prova. Em termos científicos, nenhuma das entidades aponta qualquer falha ao exame que decorreu esta segunda-feira.

Depois de considerar o exame “equilibrado” e de acordo com o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, assim como em consonância com as aprendizagens essenciais, o presidente da APM, Joaquim Pinto, refere, em declarações ao PÚBLICO, que “a prova tem uma estrutura e um grau de dificuldade muito idêntico à da primeira fase”.

Do lado da SPM, a vice-presidente, Isabel Hormigo, diz que “tem praticamente o mesmo grau de dificuldade e a estrutura é idêntica ao exame da primeira fase”. “Salienta-se que os dois exames deste ano têm um grau de dificuldade inferior aos do ano passado”, acrescenta ainda, posição partilhada pela Associação de Professores de Matemática.

Para a APM, um ponto positivo da prova foi o facto de se iniciar com “questões de resposta algo simples”. “As primeiras questões eram de resposta algo simples, o que predispôs os alunos para a criação de uma imagem positiva do próprio teste em si e de tirar algum stress que pudessem ter. Isso predispôs os alunos a fazerem um bom exame”, abona. Já a Sociedade Portuguesa de Matemática defende que o exame “peca por não cobrir um tema considerado importante do 12.º ano (função logarítmica)”.

Num balanço sobre os possíveis resultados, Joaquim Pinto acredita numa possível redução da média obtida na primeira fase (11,9 valores, uma subida de 1,3 em relação a 2021), mas “nada de anormal”. “É natural que a média venha a baixar, são os resultados normais para uma segunda fase até porque o tipo de alunos que vão à segunda fase são alunos que já chumbaram na 1.ª fase, que não conseguiram fazer a disciplina”, desenvolve.

Como acontece desde 2020, o exame de Matemática A deixou de ser obrigatório para todos os alunos desde que estas provas do secundário passaram a servir apenas para acesso ao ensino superior de modo a minorar os efeitos da pandemia no desempenho dos alunos. E a APM congratula, mais uma vez, essa mudança e o facto de o exame ter deixado de contar para a classificação final da disciplina.

Enquanto isso, a Sociedade Portuguesa de Matemática nota que “o facto de esta prova só ser aplicada a alguns alunos (externos ou os que têm a matemática como específica), não permite tirar conclusões acerca do desempenho da totalidade dos alunos do 12.º ano”.

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