Agressões violentas em Lisboa estão a agravar-se e câmara pede mais polícias na rua
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa admite existir um registo de 500 ocorrências de agressões por dia.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, considera que há mais violência em Lisboa e pede que sejam colocados mais agentes nas ruas. Após várias ocorrências de violência e agressão em zonas turísticas da cidade e a morte de um homem de 34 anos, na madrugada de domingo passado, vítima de agressões à saída de uma discoteca no Parque das Nações, o autarca convocou uma reunião de urgência do Conselho Municipal de Segurança, com os responsáveis municipais e os comandantes do Cometlis da PSP e da Polícia Municipal.
Com a preocupação de manter a cidade segura, Carlos Moedas fez uma análise da situação de segurança pública na cidade e pede mais visibilidade da Polícia de Segurança Pública nas ruas. Não há ainda números finais sobre um eventual aumento da criminalidade nos últimos meses, mas o presidente refere que a violência nos actos praticados está a agravar-se e admite existir um registo de 500 ocorrências de agressões por dia.
Carlos Moedas afirma que são necessários postos móveis na cidade, como por exemplo no Cais do Sodré, no Bairro Alto, em Santos e nos locais turísticos que apresentam mais ocorrências de actos violentos. Para isso, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa diz que no domingo, em conversa com o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, Lisboa ofereceu ao governo instrumentos para implementar esta medida no município, numa parceria entre a câmara, a Polícia Municipal e a PSP. Adiciona que, para além destas entidades, existe o corpo de intervenção e as unidades cinotécnicas que poderão auxiliar em situações de urgência.
“Tem de haver mais visibilidade da polícia nesta cidade. Ofereço aqui, desde já, ao Governo a capacidade de podermos ter postos móveis, ou seja, esquadras móveis, na cidade. As pessoas não estão a ver a polícia na rua e eu ofereço ao Governo a capacidade de o fazer”, disse, disponibilizando “material e carros, aquilo que é necessário” para essas esquadras.
O autarca reforça que existe um défice de 150 efectivos na PSP, sendo preciso melhorar as condições de trabalho das forças policiais para dar resposta ao aumento do turismo e manter a segurança em espaço público.
Na reunião que decorreu nesta segunda-feira foram discutidas algumas propostas que depois serão apresentadas ao ministro. O objectivo é actuar antes que mais crimes violentos aconteçam e manter a cidade de Lisboa segura. Carlos Moedas refere que ainda vão ser realizadas mais reuniões entre o município e o ministro da Administração Interna.
Mas o problema não é só em Lisboa. No Porto, o presidente da câmara municipal, Rui Moreira, já pediu explicações ao ministro José Luís Carneiro, devido às esquadras do Infante e Heroísmo estarem fechadas até às 16h00, por falta de pessoal, durante o fim-de-semana.