Marques Mendes prevê “aumento extraordinário para pensionistas e reformados”

A “intuição” do comentador diz-lhe que poderá haver um aumento, “embora ninguém tenha anunciado nada”, salvaguarda. Marques Mendes diz que o “Governo tem estado muito parado” e que “vai agora tentar recuperar”.

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O debate do Estado da Nação "foi completamente irrelevante" para o país, diz o comentador rui gaudencio

No comentário deste domingo, na SIC, Luís Marques Mendes partilhou que prevê que o Governo vá propor “um aumento extraordinário para pensionistas e reformados”.

O ex-ministro dos Assuntos Parlamentares analisava o início do mandato do actual Governo quando colocou esta previsão em cima da mesa. Para Marques Mendes, o Governo começou “muito mal e vai agora tentar recuperar”.

Em Setembro serão anunciadas medidas pelo Governo e entrarão em vigor outras tantas – nas quais se incluem a gratuitidade das creches. O comentador político espera que, na altura da sua apresentação, tais medidas sejam “mais robustas do que se imagina”.

“É claro que a explicação [da apresentação de medidas robustas] é por razões sociais, e eu acho muito bem. Mas também tem que ver com razões políticas, para contrariar um pouco alguma contestação que já existe”, referiu, fazendo alusão ao aumento dos preços devido à inflação.

Segundo Luís Marques Mendes, a sua “intuição” diz-lhe que se poderá registar um aumento das pensões.

“Não sei se não haverá um aumento extraordinário para pensionistas e reformados, embora ninguém tenha anunciado nada”, afirmou. O comentador colocou ainda na mesa a hipótese de o Governo antecipar os aumentos previstos para o próximo ano, não os deixando todos para 2023.

Marques Mendes apontou ainda que “a temperatura política vai começar a subir: por um lado pelo Governo e, por outro, pelo PSD”, já que, com a entrada de Luís Montenegro, se notou uma “diferença enorme” no partido.

Ao comentar o longo debate do Estado da Nação, que teve lugar na passada quarta-feira, o ex-ministro prontamente o classificou como “globalmente pobre”.

“O debate foi para a bolha política. Para o país foi completamente irrelevante; não disse nada a ninguém”, partilhou Marques Mendes. “Os problemas que neste momento afligem a esmagadora maioria dos portugueses não foram verdadeiramente tratados. Foram aflorados.”

Para o comentador político, os assuntos que ficaram por aprofundar são o custo de vida, a saúde, a guerra, o gás (e o seu possível racionamento), salários e pensões. No entanto, “quem estava à espera de uma resposta a isto não obteve nada”, defende. Se a previsão do ex-ministro se confirmar, o último tema será, nos próximos meses, trabalhado.

“Estaremos atentos para ver. O Governo tem estado muito parado”, mas com a reunião do Conselho de Ministros, que ultrapassou as cinco horas, “acho que vai passar a haver mais acção e iniciativa”, concluiu.

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