Inês Henriques foi a melhor portuguesa na marcha

Atleta do CN Rio Maior foi 13.ª na prova de 35km, que teve um pódio idêntico ao da prova de 20km.

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Inês Henriques chegou à dezena de participações em Mundiais de atletismo Reuters/ALEKSANDRA SZMIGIEL

Sem poder competir na prova em que foi campeã e recordista mundial (50km marcha, uma distância descontinuada pela World Athletics), Inês Henriques adaptou-se às circunstâncias e, nesta sexta-feira, foi 13.ª na prova feminina de 35km marcha nos Mundiais de atletismo que estão a decorrer em Eugene. A atleta do CN Rio Maior foi a melhor das três portuguesas em competição, com um tempo de 2h51m12s – Vitória Oliveira foi 19.ª (2h57m37s), enquanto Sandra Silva foi 35.ª e última entre as que terminaram (3h17m23s, novo recorde pessoal).

Depois de ter feito um “aquecimento” na prova de 20km em que foi 32.ª, Inês Henriques esteve bem melhor na prova mais longa, sem arriscar demasiado em termos de ritmo, mas sempre em progressão – estava em 20.º aos 5km, e estabilizou no 13.º a partir dos 30km. Esta foi a décima participação da atleta de 42 anos em Mundiais, ela que foi campeã mundial na primeira e única vez que houve 50km para mulheres em Mundiais de atletismo, em Londres 2017 – infelizmente para ela, já não teve a possibilidade de o fazer em Jogos Olímpicos, porque esta distância foi descontinuada, para homens e mulheres, antes de Tóquio 2020.

A estreia desta nova distância em Mundiais teve uma coincidência notável, a de ficar com o mesmo pódio da prova dos 20km e pela mesma ordem. A vitória foi para a peruana Kimberly García León (2h39m16s), agora bicampeã mundial, seguida da polaca Katarzyna Zdzieblo (2h40m03s) e da chinesa Qjeyang Shijie (2h40m37s).

Quem irá lutar pelo título será Pedro Pablo Pichardo, que conquistou com grande facilidade um lugar na final do triplo salto. O campeão olímpico em título fez marca de qualificação logo ao primeiro salto, 17,16m, e já não saltou mais. Também na final está Tiago Pereira, 11.º e penúltimo dos apurados, com 16,69m feitos no segundo salto. De fora da final ficou o tetracampeão mundial e bicampeão olímpico Christian Taylor, bem longe da sua melhor forma neste seu regresso à competição após longa ausência – o norte-americano, um dos poucos da história a passar os 18 metros, fez apenas 16,48m.

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