Os novos puritanos
Mesmo correndo o risco de algum desenxabimento, a sensatez é, em geral, a melhor aposta.
Pois assim sendo, diria eu, no que respeita à homossexualidade o mantra dominante por aqui é, mais coisa menos coisa, idêntico àquele que foi enunciado há muito pelo irlandês republicano, poeta e dramaturgo Brendan Behan (1923-1964). No seu livro Nova Iorque (publicado originalmente no ano da sua morte e editado por cá pela Tinta-da-china em 2010) pode ler-se: “A minha atitude em relação à homossexualidade é muito semelhante à daquela mulher que, aquando do julgamento de Oscar Wilde, disse que não se importava com o que faziam, desde que não o fizessem na rua e não assustassem os cavalos”.
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