O amor por nomear

O problema começa quando, para além do sexo, há também amor. É isso que gera uma cultura, um modo de vida, um estilo — é isto que a palavra “gay” nomeia, já que “homossexual” é uma categoria demasiado ligada ao discurso médico e psicológico.

Parece ter sido objecto de larga aprovação e forte aplauso um texto de Ricardo Araújo Pereira, intitulado “A atracção sexual que não ousa dizer o seu nome”, no Expresso da semana passada, onde ridicularizava a ausência de qualquer referência ao sexo, na definição de “gay” e “lésbica” do glossário do projecto abclgbtqia.com. Reza o glossário que “gay” é um “homem que se sente atraído, romântica e afectivamente por pessoas do mesmo género”. A mesma definição, substituindo “homem” por “mulher”, vale para a palavra “lésbica”.

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