Festival Imaterial regressa a Évora em Outubro com concertos, cinema e conferências

Entre as primeiras confirmações encontramos Parvathy Baul (Índia), Tarta Relena (Catalunha), Annie Ebrel & Riccardo Del Fra (Bretanha), Saz’iso (Albânia), Amélia Muge, NATCH (Cabo Verde) e Lia de Itamaracá (Brasil).

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Amélia Muge, que editou este ano o álbum Amélias, é uma das primeiras confirmações Ilustração de Amélia Muge sobre foto de Gonçalo Villaverde

O Festival Imaterial, que inclui concertos, cinema, conferências e o Encontro Ibérico de Música, regressa a Évora, entre 1 e 9 de Outubro, para a segunda edição, anunciou esta quarta-feira a organização da iniciativa. O festival, cuja primeira edição aconteceu no ano passado, “regressa em 2022 procurando seguir o exemplo das tradições que celebra, e tentando constituir-se como um local de transmissão de saberes e culturas entre diferentes povos e gerações”, refere a organização.

Entre as primeiras confirmações, está “um conjunto de músicos que são, cada um à sua maneira, intérpretes daquilo que significa tomar o passado por referência para inventar uma música de hoje: Parvathy Baul (Índia), Tarta Relena (Catalunha), Annie Ebrel & Riccardo Del Fra (Bretanha), Saz'iso (Albânia), Amélia Muge (Portugal), NATCH (Cabo Verde) e Lia de Itamaracá (Brasil)”.

Além dos concertos, o Festival Imaterial inclui, pela primeira vez, um Ciclo de Cinema Documental, com curadoria da etnomusicóloga britânica Lucy Durán, que contará com a estreia mundial de The Dance of the Hyena (Mali 2022), realizado por Moustapha Diallo e Lucy Durán.

O ciclo de conferências promove “um encontro entre o património edificado e o património imaterial, animado por um desejo de colocar os dois em diálogo, mas também pelo compromisso de agitar o pensamento em torno destes legados”.

Durante o festival, será entregue o Prémio Imaterial, “que visa, saudar e agradecer a uma personalidade ou artista cujo percurso, inscrito nessa lógica de atar passado e presente, tenha sido decisivo no incentivo ao diálogo entre diferentes culturas, no estímulo ao cumprimento dos direitos humanos, e na defesa da igualdade de relacionamento e da paz entre os povos”.

A programação, a cargo do director artístico e de produção do Festival Músicas do Mundo, Carlos Seixas, inclui também o Encontro Ibérico de Música, “um palco onde se apresenta uma nova geração de artistas do território ibérico, que conta com parceiros da Galiza, País Basco e Catalunha”. O acesso ao Festival Imaterial é gratuito, “mediante lotação dos espaços onde decorre”.