Ventos de mudança
No próximo dia 24 de Agosto o povo angolano vai ser chamado a escolher o seu futuro, mas o processo tem sido conduzido à margem de referentes democráticos.
Não obstante haver sinais claros de que a maioria dos eleitores pretende um novo ciclo para Angola, o governo tudo tem feito para evitar que a oposição tenha condições para afirmar os seus projetos políticos em igualdade de circunstâncias. Quase cinco décadas depois de ter conquistado o Poder, o MPLA não distingue o que são os interesses do país dos seus próprios interesses, não respeita nem a separação de poderes nem as regras mais básicas de funcionamento das instituições democráticas. João Lourenço está de tal forma embriagado num Poder que julga só seu que, em entrevista à RTP anunciou ao mundo que não vê por que razão, por ser Presidente de Angola, não haveria de usar na sua campanha, como usa, aviões e viaturas do Estado, num reconhecimento do peculato que, por inércia completa das autoridades judiciais, continuará sem consequências.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.