Trinta e sete cursos sem nenhum aluno recém-licenciado inscrito no IEFP
Desemprego diminuiu entre recém-licenciados no ano lectivo passado.
No ano lectivo passado houve 37 cursos sem nenhum aluno recém-licenciado inscrito no IEFP, segundo os dados da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) divulgados este sábado.
Nesta lista destacam-se as áreas da saúde — cursos de Medicina, Farmácia e Bioquímica, assim como seis cursos de enfermagem — mas também de Engenharia Geoespacial ou Informática. Há mais dois cursos com taxa de desemprego zero, mas que tiveram alunos (poucos) inscritos no IEFP entre Junho e Dezembro do ano passado.
No total, o desemprego diminuiu entre os recém-licenciados no passado ano lectivo, segundo os dados da DGEEC divulgados este sábado no portal Infocursos, que apontam para uma redução de 5% para 4% no número de recém-diplomados dos cursos de licenciatura e mestrado integrado que se encontravam inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Por outro lado, olhando para os cursos com as taxas mais elevadas de desemprego surgem três com uma taxa igual ou superior a 17%: o curso de Turismo, da Universidade Católica Portuguesa (17,6%), seguindo-se o de Marketing, do Instituto Politécnico de Bragança, e o de Turismo (17,2%), da Escola Superior de Tecnologias de Fafe (17%).
Desemprego atinge mais alunos das privadas
Numa comparação entre os alunos que frequentaram estabelecimentos de ensino públicos e os de privados, nota-se que o desemprego atinge mais os segundos. Se a percentagem de desempregados entre os recém-diplomados de instituições públicas foi de 4% no ano passado, entre os ex-alunos de instituições privadas a percentagem sobe para 4,8%.
Analisando os dados dos últimos sete anos, o desemprego afectou sempre mais os alunos que estudaram em instituições privadas.
Estas são informações que estão disponíveis a partir de hoje no portal Infocursos, que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores.
O site contém dados sobre todos os cursos técnicos superiores profissionais (CTeSP), licenciaturas, mestrados integrados e mestrados 2.º ciclo do país.
A data de referência das estatísticas apresentadas é o ano lectivo 2020/21, mas os dados permitem perceber a evolução desde 2015, que revela que no ano passado se registou “uma grande estabilidade no sistema de ensino superior”, apesar da pandemia.