Entre uma prisão e outra

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Carloto Cotta, brilhante, em Campo de Sangue, num personagem moldável, até à inexistência

O cinema português feito desde o ano Gulbenkian, há precisamente 50 anos, é um fenómeno deveras interessante e que devia ser mais bem defendido. Não se compreende que o Estado que felizmente o tem apoiado financeiramente, embora com critérios que logicamente podem e devem ser discutidos, deixe depois o seu embate com o público à mercê das chamadas leis do mercado. Principalmente porque o cinema com que compete investe não apenas na produção, mas também na promoção aquando da exibição. Claro que esse financiamento à promoção teria que entender-se como um investimento, um incentivo temporário no que poderia ambicionar ser, como agora se diz, uma reforma estrutural.

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