Menos casos, mortes e internamentos por covid-19 em Portugal

Portugal com 48.906 casos e 119 mortes entre 5 e 11 de Julho. Índice de transmissibilidade subiu ligeiramente.

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Boletim da DGS refere que 93% da população portuguesa tem a vacinação completa NUNO VEIGA/LUSA

Portugal registou, entre 5 e 11 de Julho, 48.906 infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2, 119 mortes associadas à covid-19 e uma nova diminuição dos internamentos, indicou esta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, registaram-se menos 16.279 casos de infecção, verificando-se ainda uma redução de dez mortes na comparação entre os dois períodos.

Quanto à ocupação hospitalar em Portugal continental por covid-19, a DGS passou a divulgar às sextas-feiras os dados dos internamentos referentes à segunda-feira anterior à publicação do relatório. Com base nesse critério, o boletim indica que, na última segunda-feira, estavam internadas 1140 pessoas, menos 73 do que no mesmo dia da semana anterior, com 57 doentes em unidades de cuidados intensivos, menos 15.

De acordo com o boletim da DGS, a incidência a sete dias estava, na segunda-feira, nos 475 casos por 100 mil habitantes, tendo registado uma diminuição de 25% em relação à semana anterior, e o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus subiu ligeiramente dos 0,88 para os 0,89.

Por regiões, Lisboa e Vale do Tejo registou 21.144 casos entre 5 e 11 de Julho, menos 7850 do que no período anterior, e 49 óbitos, menos oito. A região Centro contabilizou 7183 casos (menos 2010) e 16 mortes (menos uma) e o Norte totalizou 11.236 casos de infecção (menos 4168) e 22 mortes (mais três).

No Alentejo foram registados 2283 casos positivos (menos 615) e oito óbitos (mais três) e no Algarve verificaram-se 3447 infecções pelo SARS-CoV-2 (menos 1016) e 12 mortes (menos uma).

Quanto às regiões autónomas, os Açores tiveram 2099 novos contágios entre 5 e 11 de Julho (menos 146) e duas mortes (menos uma), enquanto a Madeira registou 1514 casos nesses sete dias (menos 474) e dez óbitos (menos cinco), de acordo com os dados da DGS.

Segundo o relatório, a faixa etária entre os 40 e os 49 anos foi a que apresentou maior número de casos a sete dias (8132), seguindo-se a das pessoas entre os 50 e os 59 anos (7803), enquanto as crianças até aos 9 anos foram o grupo com menos infecções (2326) nesta semana.

Dos internamentos totais, 460 foram de idosos com mais de 80 anos, seguindo-se a faixa etária dos 70 aos 79 anos (277) e dos 60 aos 69 anos (145). A DGS contabilizou ainda 11 internamentos no grupo etário das crianças até aos 9 anos, três dos 10 aos 19 anos, 20 dos 20 aos 29 anos, 14 dos 30 aos 39 anos, 46 dos 40 aos 49 anos e 72 dos 50 aos 59 anos.

O boletim refere também que, nestes sete dias, morreram 75 idosos com mais de 80 anos, 28 pessoas entre os 70 e 79 anos, 12 entre os 60 e 69 anos, duas entre os 50 e 59 anos, uma entre os 40 e 49 anos e outra entre os 30 e 39 anos.

Relativamente à vacinação contra a covid-19, o boletim refere que 93% da população tem a vacinação completa, 65% dos elegíveis recebeu a primeira dose de reforço e 58% dos idosos com 80 ou mais anos a segunda dose para reforçar a imunização contra o SARS-CoV-2.

Mortalidade decrescente em Portugal e a aproximar-se do limiar europeu​

A mortalidade por covid-19 em Portugal está em tendência decrescente e a aproximar-se do limiar europeu, depois de ter sido mais do dobro no final de Maio, indica um relatório sobre a evolução da pandemia divulgado também esta sexta-feira.

De acordo com o documento da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a mortalidade específica por covid-19 está nos 24 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes.

Este valor está agora mais próximo do limiar de 20 óbitos definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), sendo significativamente inferior às 41 mortes por um milhão de habitantes registadas no final de Maio em Portugal.

Já a mortalidade por todas as causas, na última semana encontrava-se acima do limite superior dos valores esperados para esta época do ano, o que indica um excesso de mortalidade por todas as causas, em parte associado à covid-19, refere o relatório.

Na quinta-feira, a DGS anunciou que Portugal registou um excesso de mortalidade entre 7 e 13 de Julho correspondente a 238 óbitos, atribuídos à onda de calor que se verifica no continente nos últimos dias.

Quanto à ocupação hospitalar por casos de covid-19, a DGS e o INSA avançam que regista também uma tendência decrescente, com os 1.140 internados na segunda-feira a representarem uma redução de 6% em relação à semana anterior.

O documento refere ainda que o número de 57 doentes em cuidados intensivos corresponde a 22,4% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas nessas unidades, quando na semana anterior era de 28,2%.

“O impacto na mortalidade geral está a diminuir. É expectável a manutenção da diminuição da procura de cuidados de saúde” devido à covid-19, prevê o relatório, que continua a recomendar a vigilância da situação epidemiológica, a vacinação de reforço e as medidas de protecção individual.

A DGS e o INSA referem também que a linhagem BA.5 da variante Ómicron, com maior capacidade de transmissão, é responsável por 92% das infecções registadas em Portugal e que a percentagem de testes positivos para o SARS-CoV-2 nos últimos sete dias foi de 35,1%, com tendência decrescente.

Desde 3 de Março de 2020 e até à última segunda-feira, foram registados 5.265.951 casos em Portugal, 332.671 dos quais suspeitas de reinfecção, que representam 6,3% do total de casos.