Desde 1862 que a Casa Piriquita é um monumento tão visitado quanto a Pena. Há uma razão maior: os célebres travesseiros de Sintra. Embora não faltem fãs das queijadas ou dos pastéis. Seja como for, estes ícones da casa e muitos mais serão as estrelas da estreia lisboeta da pastelaria sintrense: acaba de abrir na Avenida de Roma.
As portas abriram-se aos clientes esta quarta-feira e assim ficarão de segunda a sábado, que domingo é dia de descanso.
Sob os holofotes, claro, o travesseiro da Casa Piriquita, que, explicam-nos, “no exterior tem uma delicada massa folhada e no interior um recheio com creme de ovo e amêndoa tendo, igualmente, um ingrediente secreto que o torna apetecível às bocas de todo o mundo”. Nada como um bom segredo para melhorar o sabor, sendo que a promessa é que se nunca o revelaram em Sintra não há-de ser agora em Lisboa que vamos ficar a sabê-lo...
O famoso travesseiro, curiosamente, deve o seu nascimento à Segunda Guerra Mundial: a casa, contam, “sentiu necessidade de inovar, face às dificuldades vividas naquele período”. “Constância Luísa Cunha, filha da fundadora, ao ler um livro de receitas antigo, deparou-se com a do Travesseiro que, ainda hoje, dá a fama e reconhecimento à nossa casa.”
Um detalhe: é graças a esta senhora Constância que a Piriquita assim se chama. A culpa, segundo reza a história, é do rei D. Carlos I, senhor da Pena, que assim baptizou Constância, por causa da sua baixa estatura, inspirando-se no passarinho.
Mas a ementa da pastelaria tem mais predicados: além das queijadas e miniqueijadas, o pastel da Cruz Alta, os torcidos, as areias, as bolachas D. Manuel, a noz dourada, o pastel de Sintra, joaninhas e outros bolos tradicionais e novidades.
A Piriquita lisboeta da Avenida de Roma (n.º20), abre de segunda a sexta das 8h às 19h30 e sábado das 9h às 19h.