Tinha 21 anos e matou o namorado. Sinais de violência doméstica foram desvalorizados por ser mulher

Sinais de uma eventual escalada de violência doméstica estavam presentes, mas juventude do casal, o facto de a agressora ser mulher e de a vítima não admitir as agressões, levaram à desvalorização do caso pela família e amigos.

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Quando as vítimas são homens a sociedade está mais desatenta à violência EFE

Eram namorados, tinham ambos 21 anos e ele acabou morto com uma facada no pescoço, desferida por ela, depois de mais uma das muitas discussões que marcaram o relacionamento de pouco mais de um ano. Nunca houve qualquer participação às forças de segurança sobre eventuais actos de violência doméstica, e a família e os amigos desvalorizaram os arranhões, as discussões e a mudança de comportamento da vítima, justificando tudo com a juventude de ambos e o facto de serem um “casal apaixonado”. Mas os sinais para a violência estavam todos lá, refere a Equipa de Análise Retrospectiva de Homicídio em Violência Doméstica (EARHVD), que olhou para o caso ocorrido em 2017. O facto de a agressora ser uma mulher contribuiu para a desvalorização da violência.

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