De Zambujo a Lotic ou Tarta Relena: regressam os Concertos L da Madeira
Um clássico da Madeira, que regressa já esta quarta-feira, os Concertos L da Ponta do Sol, com uma programação que vai de António Zambujo à pop electrónica experimental da americana Lotic ou às polifonias progressivas das Tarta Relena.
Os Concertos L, uma série de espectáculos que decorrem nos jardins da Estalagem da Ponta do Sol, na localidade com o mesmo nome, são já um clássico da ilha da Madeira, regressando agora depois do interregno provocado pela pandemia. Ao longo dos anos, por ali têm passado nomes como Anna Meredith, Weyes Blood, Thurston Moore, Juana Molina, Bianca Casady (CocoRosie), Sevdaliza, Elias Bender (Iceage) ou Tanya Tagaq, entre muitos outros, e este ano não será diferente.
A série de concertos tem início esta quarta-feira, 13 de Julho, com um nome que se estreou ali, na Madeira, há já cerca de dez anos: António Zambujo. Ao seu lado estará André Santos, da Madeira, encontrando-se os dois a colaborar num novo projecto, que será revelado em Setembro.
A escritora, poeta, cantora, compositora e actriz brasileira Letícia Novaes, mais conhecida por Letrux quando assina música, estará na Ponta do Sol no sábado, dia 20. Nos últimos anos, lançou dois álbuns e é um dos nomes charneira do cenário mais independente da música brasileira.
Outro brasileiro, Silva, conhecido pela fusão de electrónica com ritmos e sabores brasileiros, far-se-á ouvir a 27 de Julho. A 3 de Agosto, mais fusão, desta vez entre fado e cenários electro-acústicos, pelo projecto Lina Raul Refree; e a 13 de Agosto entrará em acção Krod, entre o rock e o hip-hop. A 17, a galeria lisboeta ZDB apresenta as catalãs Tarta Relena, um duo de quem muito se espera e que desafia a tradição oral do Mediterrâneo, com polifonias progressivas, tendo lançado em 2021 o álbum Pack Pro Nobis.
A 24 de Agosto, estreia-se em Portugal Penelope Trappes, cantora-compositora australiana a viver em Londres, que integrou o grupo nova-iorquino Golden Filter, antes de se aventurar a solo, e que se movimenta pelos territórios da canção electrónica de contornos melancólicos.
Em Setembro, dia 7, haverá jazz pelo Rodrigo Amado Refraction Quartet, apresentando-se a 17 a compositora e virtuosa do violoncelo Jo Quail, para a 24 subir ao palco a americana Lotic, figura cimeira das electrónicas exploratórias conectadas com o questionamento sociopolítico das identidades sexuais.
Finalmente, em Outubro, haverá André Henriques, dos Linda Martini, a solo, e Bandua, o duo português que lançou este ano um excelente disco homónimo onde as electrónicas e o espírito da Beira Interior fazem parte do mesmo corpo sonoro.